Em 2009, uma pesquisa nos Estados Unidos mostrou que a felicidade das mulheres declinou a partir da década de 1970. Phyllis Schlafly, figura importante no movimento político americano entre os anos 1970 e 2000, pronunciou-se à respeito e explicou o que isso tem a ver com o movimento feminista.
Por que as mulheres estão infelizes
O Departamento Nacional de Pesquisas Econômicas [EUA] divulgou um estudo que deve ser publicado em breve no American Economic Journal, o qual mostra que a felicidade das mulheres começou a declinar consideravelmente a partir de 1970. Não é surpresa que isso tenha estimulado muitos comentários.
Este estudo abrange o mesmo período em que ocorreu a ascensão da chamada libertação feminina ou movimento feminista. A correlação exige uma explicação. Você pode conferir a íntegra da pesquisa aqui.
Uma teoria desenvolvida pelos autores Betsey Stevenson e Justin Wolfers, economistas da Universidade da Pensilvânia, sugere que o movimento de libertação das mulheres “acendeu as expectativas das mulheres” (vendeu-lhes gato por lebre), fazendo-lhes sentir inadequadas quando não conquistam tudo. Uma segunda teoria sugere que as exigências sobre as mulheres que são mães e profissionais no mercado de trabalho são esmagadoras.
Não sou economista nem psicóloga, mas entrarei na conversa com minha própria análise de poltrona. Outra explicação poderia ser que o movimento feminista ensinou as mulheres a se enxegar como vítimas de um patriarcado opressor, onde seu verdadeiro valor jamais será reconhecido e qualquer sucesso está além de seu alcance.
Organizações feministas, como a National Organization for Women, realizavam sessões de conscientização, onde trocavam histórias de como os homens as tratavam mal. As mágoas são como flores - se você as rega, elas crescem, e a vitimização auto-imposta não é uma receita para a felicidade.
Outra explicação poderia ser o aumento dos divórcios e relações extraconjugais (atualmente, 40% dos nascimentos americanos decorrem de mães solteiras), o que significa que milhões de mulheres estão criando filhos sem marido e, assim, esperam que o governo Big Brother substitua-o como provedor. As pesquisas eleitorais de 2008 mostraram que 70% das mulheres solteiras votaram em Barack Obama, talvez esperando ser beneficiárias de suas políticas de “distribuição de renda”.
Na era pré-1970, quando as pesquisas mostravam mulheres com maiores níveis de felicidade, a maioria dos homens mantinha empregos que permitiam que suas esposas fossem donas de casa em tempo integral. A iniciativa privada produz constantemente bens que facilitam o trabalho doméstico e a criação dos filhos (como secadoras, máquinas de lavar louça e fraldas descartáveis).
Betty Friedan, com seu livro “A Mística Feminina”, inaugurou o movimento feminista no final dos anos 1960, que criou o mito de que as donas de casa suburbanas estavam sofrendo de “um sentimento de insatisfação” com suas vidas supostamente entediantes. Para libertar as mulheres do lar que Friedan chamou de “um confortável campo de concentração”, o movimento feminista empenhou-se incansavelmente para tornar o papel da dona de casa em tempo integral socialmente desprezado.
A necessidade econômica não teve qualquer papel no argumento feminista de que o casamento é arcaico e opressivo para as mulheres. Um emprego no mercado de trabalho foi vendido como algo muito mais gratificante que cuidar de bebês e preparar o jantar para um marido trabalhador.
Os cursos de pesquisa sobre mulheres exigem que os estudantes aceitem como credo a noção tola de que as diferenças de gênero não são naturais ou biológicas, mas construções sociais inventadas pelo patriarcado e pelos antigos estereótipos. O que leva as feministas à procura de correções legislativas para problemas que não existem.
Uma ex-editora do Ladies' Home Journal escreveu em seu livro “Spin Sisters” que as loiras anoréxicas na televisão estão vendendo diariamente a mentira de que a vida das mulheres é cheia de miséria e perigos causados pelos homens. Bernard Goldberg chama a grande mídia de “uma das instituições mais pró-feministas da América”.
Segundo a ideologia feminista, a única característica específica de gênero é a de que os homens são naturalmente agressores que tornam todas as mulheres suas vítimas. Baseando-se nesta teoria, as feministas compeliram o Congresso a aprovar a Violence Against Women Act [Lei de Violência Contra Mulheres] (observe o título sexualmente discriminatório), a qual inclui uma verba de um bilhão de dólares por ano para financiar suas metas políticas, legislativas e judiciais.
As feministas queixam-se a todo instante usando sua palavra favorita, “escolha”, em questões sobre aborto, mas rejeitam a escolha em papeis de gênero. A Grande Mamãe dos estudos feministas, Simone de Beauvoir, disse: “Não acreditamos que qualquer mulher deva ter essa escolha. Nenhuma mulher deve ser autorizada a ficar em casa para criar seus filhos... precisamente porque, se houver tal escolha, muitas o farão”.
As feministas promoveram uma longa campanha para tornar maridos e pais desnecessários e irrelevantes. A maioria dos divórcios é iniciada por mulheres, e mais mulheres do que homens solicitam licenças para casamento entre pessoas do mesmo sexo em Massachusetts, a fim de que, com dois empregos de ação afirmativa e fertilização in vitro, possam criar uma “família” sem maridos ou pais.
Apesar das falsas mensagens das universidades e da mídia, a maioria das mulheres americanas é inteligente o suficiente para rejeitar o rótulo feminista, e apenas 20% das mães dizem que querem trabalhar em tempo integral no mercado de trabalho. Eu sugiro que as mulheres que sofrem de infelicidade devem investigar como as mulheres são tratadas no resto do mundo, e então, talvez, as mulheres americanas percebam que são as pessoas mais afortunadas do mundo.
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