Quem somos
O Contra os Acadêmicos é um projeto educacional de ensino-aprendizagem independente voltado para o
estudo de Filosofia e temas afins. Surgiu da união voluntária de estudantes e professores com o
objetivo de auxiliar o estudante autodidata com o fornecimento de bibliografias, guias de estudo e
conteúdos de qualidade em geral.
O CoA – sigla pela qual é também conhecido – foi criado em 29 de outubro de 2014, inicialmente por
um estudante inquietado com a forma com que a Filosofia era comumente tratada e discutida nos meios
virtuais. Aparentemente, grupos interessados em filosofia serviam apenas para promover disputas
egoístas, alimentar sonhos niilistas e deturpar massivamente aforismos nietzschianos.
Tudo começou com uma página no Facebook administrada por quatro amigos. Em seguida, o projeto
alcançou o Instagram e o Twitter, tomando, finalmente, a forma de um website.
Em nosso site, fornecemos um programa de estudos abrangente com bibliografia básica em filosofia e
pelo menos mais oito áreas, todas interligadas de algum modo. Incentivamos o estudo autodidata e a
autoeducação; não possuímos projeto algum de reforma da educação pública – nosso único interesse é
ajudar e incentivar aqueles que desejam educar a si mesmos.
O nome Contra os Acadêmicos vem do livro homônimo de Santo Agostinho de Hipona, o qual critica
duramente os céticos da Nova Academia. Seguimos o espírito de Santo Agostinho presente neste livro
por acreditarmos que, na presente época, vivemos uma era de ceticismo a qual deve ser suprimida para
o bem de nossas almas. Desprezamos a filosofia negativista tal qual descrita por Mário Ferreira dos
Santos, e não temos pudor algum em assumir que há muitos pretensiosos filósofos “personae non
gratae” em nossas estantes. Por outro lado, incentivamos a leitura de tudo o que for útil de algum
modo; não pregamos a queima de livros, mas a leitura consciente.
Desprezamos as ideologias na forma descrita por Eric Voegelin. Somos abertamente contra ideologias e
não cremos que o termo seja sinônimo de “ideário” ou “sistema de ideias”. Ideologia, para nós, é não
mais que a forma política de uma deformidade da alma. Não cremos que “tudo é política”, e os que
assim o afirmam têm intenções inconfessáveis. Somos abertamente simpáticos à filosofia clássica e
abertamente contra anacronismos grosseiros, os quais, infelizmente, são muito comuns. Somos
simpáticos à religiosidade e acreditamos que a fé acompanha a razão e vice-versa; que a amputação da
religião da vida das pessoas causa problemas e deformações graves em suas almas – mais uma vez, como
demonstrado por Eric Voegelin. Assim, fides quaerens intellectum.
Não cremos na relatividade da verdade; isto decorre da nossa posição, que embora anticética, é não
dogmática; com efeito, acreditamos que a dicotomia ceticismo-dogmatismo é falsa. Diferente do que se
possa imaginar, nosso nome não prega a destruição da Academia, da Universidade em geral. A
“academia” em nosso nome, insistimos, refere-se à Nova Academia de Carnéades a qual simboliza o
ceticismo da época.
Nosso símbolo é composto pela letra grega “phi”, inicial de Φιλοσοφία (filosofia), abaixo da Flor de
Lis, que é símbolo de poder, soberania, honra e lealdade, assim como de pureza de corpo e alma. Ao
centro, “veritas adaequatio intellectus ad rem”, a definição tomista da verdade. O centro do phi com
a flor formam uma lança, que representa a luta contra o relativismo em geral. As rachaduras, quase
sempre despercebidas, são as cicatrizes que a filosofia carrega após anos de vilipêndio decorrente
das ideologias e abstratismos. Os louros representam a nobreza do objetivo e o triunfo da alma
humana sobre o vazio da modernidade.
Ao contrário do que parece, não desprezamos a filosofia moderna e contemporânea; acreditamos que o
termo moderno se tornou pejorativo por conta de filósofos que, de grande, tiveram apenas a própria
sombra.
Estamos sempre abertos a sugestões quanto à bibliografia oferecida e novos artigos para publicação.