Lhes apresentamos aqui a lista de sugestões de leitura elaborada pelo saudoso Prof. José Monir Nasser em seu [lendário] Expedições pelo Mundo da Cultura. Assim como a lista sugerida por Mortimer Adler, não há aqui uma ordem estrutural por trás das sugestões, à exceção da óbvia posição do Como ler Livros na posição número um. Muitos livros sugeridos aqui já foram listados por nós e desejamos que sejam lidos segundo a ordem proposta em suas devidas listas organizadas pelo ordenamento. Então, seguindo o exemplo das sugestões de Mortimer Adler, vamos colocar alguns rodapés nos livros para guiar o leitor entre os livros e evitar que um desavisado abra Virgílio logo de primeira e passe o resto da vida preso na primeira página na Eneida.
Boa parte dos livros listados já foi organizado por nós em alguma lista. Esses livros devem ser lidos segundo as orientações da lista onde aparecem; por exemplo Homero é parte da lista de literatura grega e deve ser lido conforme as orientações lá dispostas. Alguns livros possuem restrições, seja pela dificuldade, seja por ter conteúdo considerado pérfido ou danoso. Esses terão notas de rodapé um pouco maiores.
Sendo assim, acreditamos prover um melhor aproveitamento dessas sugestões de leitura adaptando-a à nossa realidade onde:
- 31% dos brasileiros não lêem livros.
- 30% nunca comprou um livro.
- 28% não gosta de ler e 13% não tem paciência.
- A média de leitura do brasileiro é 2,43 livros por ano.
- 3 em cada 10 brasileiros são considerados analfabetos funcionais e apenas 12% da população está no nível “proficiente”.
- Apenas 1/5 dos brasileiros chega alfabetizado na universidade.
- Apenas 22% dos graduados são proficientes em leitura
Nem todos os links estão atualizados, mas servem ao propósito de justificar nossa posição.
- Como Ler Livros — por Mortimer J. Adler / Charles Van Doren;
- Crime e Castigo — por Fiódor Dostoiévski;
- O Estrangeiro — por Albert Camus;
- Em Busca de Sentido — por Viktor Frankl;
- A Rebelião das Massas — por Jose Ortega y Gasset;
- O Coração das Trevas — por Joseph Conrad;
- Apologia de Sócrates — por Platão;[1]
- Os Irmãos Karamázov — por Fiódor Dostoiévski;
- O Saber dos Antigos — por Giovanni Reale;[2]
- O Vermelho e o Negro — por Stendhal;
- O Jardim das Aflições — por Olavo de Carvalho;
- O Homem sem Qualidades — por Robert Musil;
- A Crise do Mundo Moderno — por René Guénon [restrito];[3]
- Admirável Mundo Novo — por Aldous Huxley;
- O Homem Revoltado — por Albert Camus;
- A Divina Comédia — por Dante Alighieri;[4]
- Hamlet — por William Shakespeare;
- Ilíada — por Homero;[5]
- A Peste — por Albert Camus;
- O Processo — por Franz Kafka;
- Fedro — por Platão;
- A Ilha — por Aldous Huxley;
- Antígona — por Sófocles;
- A Montanha Mágica — por Thomas Mann;
- A Metamorfose — por Franz Kafka;
- A Consolação da Filosofia — por Severino Boécio;
- Rei Lear — por William Shakespeare;
- Os Demônios — por Fiódor Dostoiévski;
- O Livro de Jó — por Bíblia [restrito];[6]
- Prometeu Acorrentado — por Ésquilo;
- Castelo — por Franz Kafka;
- Fausto (Primeiro) — por Wolfgang von Goethe;[7]
- Odisséia — por Homero;
- A Tempestade — por William Shakespeare;
- O Misantropo — por Molière;
- Dom Quixote — por Miguel de Cervantes;
- O Senhor dos Anéis — por J. R. R. Tolkien;
- 1984 — por George Orwell;
- Os Noivos — por Alessandro Manzoni;
- Fausto (Segundo) — por Wolfgang von Goethe;
- O Idiota — por Fiódor Dostoiévski;
- Otelo — por William Shakespeare;
- A Morte de Ivan Ilitch — por Liev Tolstói;
- Confissões — por Santo Agostinho;
- A Traição dos Intelectuais — por Julien Benda;[8]
- Édipo Rei — por Sófocles;
- Teogonia — por Hesíodo;
- Gênesis — por Bíblia [restrito];
- Fedra — por Racine;
- Doutor Fausto — por Thomas Mann;
- Ilusões Perdidas — por Honoré de Balzac;
- Esperando Godot — por Samuel Beckett;
- Os Lusíadas — por Luís de Camões;[9]
- O Banquete — por Platão;
- Don Giovanni — por Lorenzo da Ponte;
- Macbeth — por William Shakespeare;
- Retrato de um Artista Quando Jovem — por James Joyce;
- Orestéia — por Ésquilo;
- Tristão e Isolda — por Richard Wagner;
- Eugénie Grandet — por Honoré de Balzac;
- Notas [Memórias] do Subsolo — por Fiódor Dostoiévski;
- Moll Flanders — por Daniel Defoe;
- A Morte de Virgílio — por Hermann Broch;
- O Reino da Quantidade — por René Guénon [restrito];
- Almas Mortas — por Nikolai Gogol;
- Moby Dick — por Herman Melville;
- Terra Arrasada — por T. S. Eliot;
- Mercador de Veneza — por William Shakespeare;
- Diário de um Pároco de Aldeia — por Georges Bernanos;
- A Cartuxa de Parma — por Stendhal;
- Seis Personagens à Procura de um Autor — por Luigi Pirandello;
- Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister — por Wolfgang von Goethe;
- O Rinoceronte — por Eugène Ionesco;
- Menon — por Platão;
- Um Inimigo do Povo — por Henrik Ibsen;
- Ortodoxia — por G. K. Chesterton;
- Madame Bovary — por Gustave Flaubert;
- Ulisses — por James Joyce;
- No Caminho de Swann — por Marcel Proust;
- O Jogo das Contas de Vidro — por Hermann Hesse;
- Sonho de uma Noite de Verão — por William Shakespeare;
- As Seis Doenças do Mundo Contemporâneo — por Constantin Noïka;
- Memórias Póstumas de Brás Cubas — por Machado de Assis;
- Sobre o Sermão da Montanha — por Santo Agostinho;
- Morte em Veneza — por Thomas Mann;
- Michael Kohlhaas — por Heinrich Von Kleist;
- Noites de Reis — por William Shakespeare;
- República de Platão — por Platão;
- O Processo Maurizius — por Jacob Wassermann;
- O Inspetor Geral — por Nikolai Gogol;
- Ana Kariênina — por Liev Tolstói;
- Um Dia na Vida de Ivan Denisovitch — por Alexandre Soljenitzin;
- Tartufo — por Molière;
- Notas para uma Definição de Cultura — por T. S. Eliot;
- Medéia — por Eurípedes;
- Woyzeck — por Georg Büchner;
- Père Goriot — por Honoré de Balzac;
- Mensagem — por Fernando Pessoa;
- Castro — por Antônio Ferreira;
- Eneida — por Virgílio.[10]
[1] Ler segundo a ordem disposta na Lista de Leitura de Filosofia ou na Lista de Platão. O mesmo vale para os outros livros do mesmo autor.
[2] Componente da Lista de Leitura de Filosofia; lê-lo segundo as instruções correspondentes.
[3] René Guénon é um gnóstico notório e um autor perigosíssimo ao leigo. Olavo de Carvalho diz efusivamente em seus cursos que a leitura despreparada desse tipo de autor é algo como o desafio da esfinge: decifra-me ou devoro-te. O Contra os Acadêmicos não recomenda sua leitura senão após a aquisição de uma cultura parecida com a do próprio Guénon, e, acreditem, isso é algo superior ao que todas as nossas listas pode oferecer. Para efeitos de comparação, algo daquele nível exige um nível de cultura muito próximo do próprio Olavo.
[4] Componente da Lista de Literatura Medieval; lê-lo segundo as instruções correspondentes
[5] Componente da Lista de Literatura Grega; lê-lo segundo as instruções correspondentes
[6] Temos restrições sérias à leitura da Bíblia sem o devido preparo, mas se tivéssemos que pesar essas restrições entre as partes do livro, diríamos que o Antigo Testamento é bruscamente mais complicado por conta da mitopoese e da insana amálgama de significados e figuras de linguagem que encontramos em especial no Gênesis e no Eclesiastes. É muito mais seguro ler livros como o Catena Aurea [Sabemos que é sobre os Evangelhos], a Legenda Áurea e o Comentário do Gênesis, respectivamente de Santo Tomás de Aquino, Jacopo de Varezze e Santo Agostinho. Consultar as respectivas listas de leitura.
[7] Livro extremamente denso. Considerar lê-lo após alguns anos de experiência com literatura. O mesmo vale para a segunda parte que é ainda mais densa.
[8] Livro de filosofia política. Considerá-lo na lista correspondente.
[9] Componente da Lista de Literatura Portuguesa; lê-lo segundo as instruções correspondentes
[10] Componente da Lista de Literatura Romana; lê-lo segundo as instruções correspondentes.
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